Até um dia

Desde pequenina e até mesmo hoje, nunca gostei de ouvir a palavra adeus, muito menos menciona-la, acho que é preferível dizer até um dia ou  um simples até já, mesmo sabendo que esse dia demore a chegar. Ou simplesmente não proferir uma única palavra, mesmo se esta insistir em sair da minha boca, deixando um mistério no ar onde nos encontramos.
Não gosto muito menos de por um fim às coisas, nem um ponto final às histórias, por acreditar que ainda resta algo por dizer ou por fazer. É frustrante para mim conhecer o fim, sobretudo se não lhe conheci o princípio e o meio da história, porque cada momento, instante tem em si uma magia única que o torna inesquecível.
 

"Assim não sou eu que ponho fim às coisas, mas as coisas que
um dia acabarão ou não por si."

Até um dia

Ter asas e voar

Hoje queria ter asas e poder voar até ao infinito, voar nas fantasias da minha imaginação e viajar sobre as águas até onde a linha do horizonte se torna real.
Hoje queria ter asas e voar sobre as nuvens, e seguir a linha imaginária do vento, que sopra e me guia para um novo rumo da minha vida.

Pequena ilha

"Na minha pequena ilha, estou descalça e sinto o chão quente, sentada à beira mar onde o sol bate tão forte e arde o meu corpo ardente."
Sinto os meus cabelos molhados junto ao meu peito caindo constantemente uma gota após outra, os meus dedos dos pés enterram-se nos grãos de areia da praia da minha ilha.
Conto cada pegada, na areia molhada junto ao meu mar que tanto foi teu. E essa forma de pegada que deixas marcada é o contorno recalcado de tudo o que foi vivido até hoje. 
O meu subconsciente mergulha neste mar de ilusões e fantasias em que te procuro sem te encontrar. Estarás tu entre as ondas, navegando nas profundezas do mar? Corro pelos caminhos da ilha e sigo cada pegada, cada sinal, para te encontrar.

Corro pela ilha por ti em vão.